Mónica Faria
Escultora. Educadora.
Em 2008, quando decidi rapar o cabelo depois de fazer um
vídeo com a minha mãe Deolinda, ao qual intitulei de “Trança” (ainda não editado).
Terminou quando decidi rapar, uma segunda vez, o cabelo na performance “re.volta”
com a Joana Mateus, em 2018, inserido no projeto-piloto “na volta”.
Poema Atlas
“Texto à Ausência ou Teste à Essência”
Longe da Vista
Perto do Coração
Quanto mais longe da vista
Mais perto do coração
Longe do Coração
Perto da Vista
Quanto mais longe do coração
Mais perto da vista
Perto do Longe
Coração à Vista
Quanto mais perto do longe
Mais coração à vista
Longe do Perto
Vista do Coração
Quanto mais longe do Perto
Mais vista do coração
Vista de Longe
Coração ao Perto
Este poema determina um meio percurso neste atlas, um meio termo, um momento
de avançar ou parar ou ganhar novo fôlego para continuar a viagem, sem data marcada
para terminar. E é nesse momento que resisto à pressão de cortar o cabelo.